Criação de cenário

Para evitar desencontros e facilitar a discussão, abro esse tópico para a criação do cenário.

Pra começar, não viajamos um pouco demais ontem não? O objetivo não era criar um cenário de fantasia medieval? Se começarmos a evoluir o mundo demais, vamos perder o foco, e é assim que as coisas vão pelo ralo.

Não sou fã de alta magia, mas a ideia da magia ser comum e usada da forma que falamos (navios voadores e tal) é muito boa. Então vão aí algumas idéias:

O cenário ainda seria, basicamente, medieval. São as peculiaridades da magia que dariam um gosto diferente.

Magia: Já falamos sobre como surgem os magos, Mas também tenho uma ideia de como esse mundo é tão mágico: Lugares que funcionam como caerns, onde a energia arcana flui para o mundo. Em alguns fábricas de objetos mágicos usam essa energia para produzir maravilhas, outros ficam nas profundezas selvagens, protegidos por druidas (que seriam magos).
A magia teria permitido um avanço na produção de comida, técnicas de construção, medicina, guerra, etc (golems operários, eliminação de pragas nas plantações por meios mágicos, cura mágica avançada, navios voadores com canhões de energia arcana).

Guerra: Os exércitos ainda seriam o de um mundo medieval: armaduras, espadas, arcos e cavalos. E golems esmagando alas inteiras enquanto navios fazem chover magia flamejante.

Geografia: Acredito que o conceito de "mundo conhecido" não serve para esse caso: precisaríamos criar o planeta inteiro, mesmo que parte dela seja inexplorado, devastado, sei lá. Ilhas voadoras e ruínas de grandes civilizações, gosto também.
Haveriam grandes cidades, maiores do que uma cidade tipicamente medieval poderia jamais ser: Lugares cosmopolitas, onde é possível pegar um bote voador para ir de um lado a outro da cidade, órgãos oficiais mantém um registro da população e hospitais tratam de pragas.

Tecnologia: Essa, na minha opinião, tiraria a graça de toda essa magia, então prefiro evitar pólvora e vapor, e sim também é porque não gosto dessas coisas. Uma ideia que tive é uma de colocar uma pegada levemente cyberpunk: implantes arcanos. A medicina arcana teria desenvolvido próteses movidas a magia, e seria possível ir longe com os implantes instalados. Se seria uma moda ou realmente de uso medicinal, aí não sei.

Religião: Várias, e de todos os gostos: Monoteísmo, druidismo, culto aos ancestrais, ateísmo, etc. Guerras santas, inquisições.

Cosmologia: Sem viagem planar. Acho que o foco deve ser no mundo e naqueles que o habitam. Acho que no máximo algo como a umbra: Um mundo paralelo onde idéias são tão reais quanto uma espada, habitado por espíritos. Um lugar que obviamente daria a base teológica das religiões, mas sem confirmar nenhuma como verdadeira (ou falsa).

Demografia: Prefiro as raças clássicas, humanos, elfos, anões, halflings, gnomos feéricos talvez. Gosto de híbridos também: orc-humano, orc-anão, elfo-humano, anão-humano, halfling-gnomo. Não gosto de raças muito monstruosas. E acho que precisamos de uma raça original do cenário.


Bom, isso é o que eu penso. Idéias, críticas, sugestões?

Hebert vc captou exatamente a essencia do que eu queria com a magia.

Exatamente isso, lugares onde a magia fluísse para o mundo, muitas vezes crianças nascem nesses lugares e e geralmente tornam-se magos (outros metodos de ser magos tbm existe, mas em suma, só pode nascer mago)

Achei muito boa a imagem que o Hebert deu da guerra, mas prefiro que navios não soltem magias, e sim transporte grandes Magos capazes de fazer isso. ( Não gostaria de dar o ar da TECNOMAGIA que tem em C7L). Isso tbm pode se aplicar aos implantes, mas acredito que utilizar a magia para a medicina da um visual bem legal, principalmente se ela for arcana. Foge do foco da religiao.

Geograficamente falando, pensei essencialmente em dois grandes continentes, Um mundo plano onde não de pra dar a volta onde os extremos são imensidões de água tão grandes que alguns já se perderam tentando encontrar os seus limites e nunca mais voltaram.

Questão das raças, eu gosto das clássicas também, mas acredito que posteriormente poderíamos criar uma raça inteiramente modificada pela magia, talvez uma raça inicial que de tantas gerações vivendo em um local com grande fluxo mágico tenha sido alterada por completo e esquecido de suas origens.

Totalmente a favor da questão de cosmologia e religião.

Mas tenho algumas duvidas sobre religião. Deuses existem, mas não agem diretamente ou eles nem existem, mas o povo criou essas imagens onde se apoiam?

Acho que fazer um mundo tão mágico, onde só os que nascem magos tem acesso a magia, tiraria a graça de outras classes, qualquer mago saberia ser da "raça" mais importante do mundo. Por isso pensei nos implantes e em itens mágicos cuja operação não se resume a magos: Democratizaria um pouco o acesso a magia num mundo onde ela é fundamental, mesmo que em alguns casos não chegaria aos jogadores: Nada de pistolas de raio mágico, mas um braço metálico com um besta embutida sim.
A tecnomagia de C7L tem uma estética diferente: Ela parece mais com tecnologia movida a magia, e no nosso caso seria diferente: É "supermagia", estética bem medieval. Os navios podem tem balestras gigantes que atiram trovões, ou um cristais mágicos gigantes, sei lá, não canhões. Seriam coisas feitas por magos e operadas por pessoas comuns.
E precisamos esquecer totalmente dos conceitos de magia "arcana" e "divina". Magia é magia, é tudo que é sobrenatural, seja cura ou destruição.

Eu acho que o mundo é avançado demais pra ter regiões totalmente desconhecidas. Excesso de espaço pode ser facilmente corrigido ao transformar continentes inteiros em áreas desoladas, como continentes nos polos, oceanos vastos e "vazios", selvas e desertos gigantes, etc. Da um ar de mistério suficiente, e não ficamos com o velho e batido "mundo conhecido", da pra colocar muita coisa escondida debaixo da terra, do mar ou da selva. Gosto de planetas, redondos e com polos.

Quanto aos magos, acho mais legal se a conexão deles com os "lugares de fluxo mágico", em termos de origem, fosse indireta. De forma que ninguém sabe quando terá um filho mago.

Indo nessa sua ideia de raça, acho que eles tem o mesmo problema do acesso a magia, como falei acima: teriam destaque demais. E se a conexão deles fosse com o mundo espiritual?

Respondendo a pergunta sobre religião, prefiro que fique, propositalmente, em aberto. Não existe evidência dos deuses (ou espíritos ancestrais, ou a alma da mãe terra, ou sei lá o que mais) ou sua interferência, mas algumas pessoas tem fé, outras não. Quem está certo? Muitos acham que estão, e tendem a discordar entre si com uma certa dose de violência.

Entendi bem o enfoque que vc esta dizendo, e agora com seus argumentos.

Não havia pensado que haveria realmente esse lance do favoritismo, e pensando dessa forma o que poderíamos fazer é modificar um pouco as raças e dar como desculpa que a magia modificou o aspecto da raça.

1º para tornar o cenário único nesse aspecto.
2º modificar algumas coisas nas raças que nós achamos uteis.

Acredito que a questão dos implantes tem que ser muito bem pensada para que não se percam nessa ideia.

Tive pensando depois e acredito que um mundo redondo eh bom, mas ainda mantenho a ideia de 2 grandes continentes.

Acho que se deixarmos todas as raças com um aspecto mágico, isso pode incomodar quem não quer ter nada a ver com magia. As vezes você quer jogar com um guerreiro elfo, que conta com sua habilidade um 1,20 m de aço afiado. Também acho que a questão do acesso a magia é tanto de equilíbrio mecânico e de roleplay quanto uma questão interna do cenário. Penso que a magia não poderia ser tão comum se os não-magos não tiverem acesso a ela. Essa questão, na minha opinião, e mais de cenário, do impacto socioeconômico da magia, do que de mesa em si. A popularização da magia se reflete principalmente na organização dos exércitos, na construção das cidades, na logística de mercadorias e pessoas, etc. Em mesa, os personagens não-magos teriam seus bons e velhos itens mágicos, quem sabe um deles tenha um implante.

Quanto aos implantes, eles precisam ser de fato dosados para não virar "arcanopunk" (não que o conceito seja desinteressante, mas não é o ponto do cenário). Acho que custo, limitações de implantes por pessoa e estigma social, ou a até mesmo incompatibilidade com magos, resolvem o problema. A ideia é justamente pra dar um sabor diferente no cenário.

Na questão geográfica, colocamos coisas importantes em dois continentes, o resto colocamos só pra encher linguiça, tipo um continente polar, algumas ilhas e tal. Mais que dois continentes detalhados seriam inviáveis mesmo, o objetivo é um planeta redondo e que todos saibam disso. Seria legam também dar um visual diferente para o céu. Quem sabe umas duas luas, ou um anel planetário.

Outra ideia que eu tive também é a de poluição arcana. Muita magia mal usada (principalmente em grandes cidades), tenderia a gerar um tipo de refugo nocivo. Nada muito grande, com rios poluídos e tal, não é o ponto. Mas talvez o brilho verde sinistro que emana dos porões da escola de magia, aquela aberração que vive nos esgotos e vem matando pessoas, e o surto de crianças deformadas na área pobre da cidade, não sejam coincidências...

Legal msm Hebert.

Acho que o lance de "poluição arcana" bem valido.

Quanto ao lance do céu acredito que poderíamos ter duas Luas ou até msm dois Sóis, acho que ficaria bem legal e diferente.

Estive pensando em uma passagem subterrânea entre os dois continentes, que os anões tivessem construído na época em que os outros povos começaram a utilizar a magia em demasia e deu esse ar de poluição arcana. Que no inicio foi bem catastrofico e hoje está mais controlada. (Tipo uma catástrofe mundial, e que com tempo criaram leis e outros métodos de impedir o abuso diminuindo assim a chance de acontecer novas catástrofes (dai as limitações de implante))

o que acha Hebert? Já que ninguem mais frequenta o forum.

Essa da catástrofe me lembra de algo importante: Cenário nenhum vai pra frente sem uma metatrama. A tormenta, A aniquilação e a morte dos deuses, o apocalipse, a gehenna. Algo grande, que junte todo o resto. Isso deve ser pensado antes de todo o resto, pois vai influenciar tudo. Ideias?

Acho que os implantes podem ser limitados por uma questão mais individual: o corpo da maior parte das criaturas não "entende" os implantes: eles são movidos a magia, não pelo corpo, e o corpo considera a magia uma invasora, o cara pode adoecer ou ficar doido. Para magos seria pior, a magia do implante e a deles entram em choque, desestabilizando seus poderes e sendo potencialmente letal. E sim, isso da ideia pra uns monstros...

Não invalido o túnel, gostei da ideia, mas só observo aqui que sou contra anões subterrâneos demais. Viver dentro de montanhas pra mim ta de bom tamanho. Se eles se isolarem muito, fica um pouco difícil usar seus salões de pedra em mesa.

E mais uma pequena ideia: Sem ressurreição.

E cara, eu sei que não é o cenário, mas to me coçando pra não viajar na ideia de poluição arcana, implantes e catástrofes globais, na ideia arcanopunk. Aliás, já estou viajando, só vou manter pra mim por enquanto.

Bom Hebert

Pensei em uma catástrofe gerada pelo mal uso da magia, tipo uma exploração exacerbada que gerou uma série de "Super" eventos climáticos, hoje em dia a população do planeta tenta se controlar no uso da magia para tentar reparar esses eventos que continuam ocorrendo, o estranho é que ultimamente esses eventos estão acontecendo com maior frequência e os maiores estudiosos ainda não conseguiram explicar o porque. (Talvez explorações secretas ainda continuam acontecendo ou outros motivos)

Sei lá, pensei em algo assim, não queria algo muito sobrenatural, queria algo mais palpável, e acredito que o excesso de magia deve influenciar esse tipo de catástrofe.

Gostei da explicação dos implantes, achei boa mesmo essa ideia de conflito entre o corpo e a magia.

Tinha pensado também em um mundo sem ressurreição. Mas uma vez, como só nos dois estamos presentes no forum.

DECIDIDO

A ideia da catástrofe é boa, mas acho que ainda falta alguma coisa aí...mas não consigo pensar em nada por enquanto. Vamos ver o que o Richard tem a dizer.

Mal a demora ai mulekada, andei meio ocupado essa semana....

Vamos lá, o que me chamou realmente a atenção:

Arcanopunnk: genial demais, acho que deviamos investir nessa ideia. É um conceito novo, que eu nunca vi em lugar algum, cheio de possibilidades e que não anula (quase) nada que foi discutido até o momento. Podemos ir além dos implantes e investir em toda a estética cyberpunk no estilo fantasia medieval. Grandes companhias de guildas arcanas manipulando mundo e causando sua destruição. Cavaleiros baderneiros rebeldes, cavalgando sem eira nem beira ditando suas próprias leis. Companhias mercenarias de "implantandos", vendendo duas espadas para quem paga mais. Anões terroristas contra a magia, tentando derrubar as grandes guildas. O tom que daremos a isso define a ideia do cenario: podemos copiar tudo do genero e fazer um cenário leve, estilo paródia, ou realmente adaptar e dar um tom sombrio.

Se for pra seguir essa ideia, prefiro adaptar, fazer algo mais sombrio. Se for pra seguir. Sinto falta dum cenário mais sombrio.

Mas como disse anteriormente, vou segurar minhas idéias a respeito até haver um consenso. Marcão?

Como disse, acho que daria um tom unico ao cenario. E é uma puta ideia. Mas vamos aguardar o Marcão....

Criar com um tom sombrio, gostei muito dessa ideia.

Caraio, é muita ideia, reescrevi esse post um monte de vezes. Prefiro discutir a maior parte das idéias que estou aqui pessoalmente, depois colocar o que for acordado no fórum, pra continuar a discussão.

Tomei a liberdade de criar o mapa do cenário.

Partindo do princípio de dois grandes continentes e espalhando algumas ilhas (que podem ou não ser voadoras) e inclui um grande continente congelado, para uma ideia que estou tendo aqui.

Fechamos então no Arcanopunk, certo? Agora que definimos o genero, vou dar algumas ideias:

Partimos de um cenário medieval comum. Um belo dia, o fluxo arcano no mundo abriu, facilitando em muito a utilização da mesma. Os humanos, em sua sede de poder, começaram a utilizar o tremendo fluxo arcano para a criação e popularização da mesma como matéria prima primaria e energia. Isso permitiu um tremendo salto tecnologico no mundo.
Mas, seguido a esse avanço, perpetuou-se uma segmentação da sociedade e degeneração do mundo. A poluição das grandes fábricas arcanas mudou o mundo. Desertos de magia mutante se espalham pelo globo, em especial na região a volta das fabricas. Poluição nos céus colorem o ar, causando chuvas de meteoros e explosões de tempestades elétricas. Poucas partes dos mares e rios ainda são utilizaveis, causando quase as extinção das especies marinhas que não se adaptaram.
Os elfos não mais vivem nas florestas, mas em bairros fechados e de elites nas grandes cidades industriais, isolados das outras raças como os grandes senhores da magia do mundo. Anões vivem no subterraneos do mundo, aversos a toda tecnologia magica e lutando por modo de guerrilhas contra os grandes centros. Halflings que saem de suas pequenas vilas na perfireia do mundo, encontra sub emprego no mundo, vivendo e morrendo em um regime de semi escravidão. Gnomos trabalham e maravilham o mundo,se tornando um dos maiores e mais requisitados trabalhadores do mundo. Meio- Orcs se entopem de implantes e armas, sendo alguns dos maiores mercenarios do mundo.
Um mundo onde grandes guildas arcanas dominam o mundo, a população é vigiada por bolas de cristais em todos os lugares, poucos loucos lutam contra a sociedade e os poderosos levam o mundo ao colapso.

A gente ja havia conversado bastante sobre isso no fim de semana, mas ver isso no forum foi realmente emocionante.

To muito empolgado com esse cenário. Hebert eu e o Richard já conversamos bastante e chegamos nesse consenso que está vendo acima, se tiver alguma coisa a falar... por favor nos mande suas ideias.

Acabei de falar com Imortal Terra no face e tivemos umas ideias.

1- Elfos elitistas, que não concordem com a criação de meio elfos, fora de suas culturas, ou pior, pais elfos que vão morar com seus filhos e seus companheiros fora dos costumes elficos e são caçados até a morte.
Elfos perderam seu contato com o lado natural e viraram totalmente urbanos, enlouquecendo e virando xenofobicos.

2 - O subterraneo foi completamente devastado na exploração arcana e a maioria das raças que viviam la morreram, isso inclui muitos anões, os anões das montanhas sobreviveram, descobriram que alguns sobreviventes anões se exilaram num oasis subterraneo e começaram a escavação de um tunel para resgata-los, quando la chegaram viram que eles tinham criado uma sociedade complexa e que extraia um mineral muito poderoso desse oasis. (Talvez um novo material do cenario, que seja inerte a magia, com propriedades de disipa-la)

Como falei a pouco com o Karnak, acho que não é por aí. Ta muito parodiado na minha opinião, acho que a coisa precisa ser mais medieval. Não vou colocar os pormenores aqui, a discussão vai longe e por fórum não da certo, tem que ser pessoalmente, no mínimo por chat.

ahuahuahuah como disse, era apenas uma ideia inicial. Se nada do que eu disse fosse refutado, o cenário seria meu, não nosso. Vamos marcar um reunião por chat e discutir, pra mim ta otimo. Eu e o hebert tamos sempre on, ve um dia e hora melhor para vc Karnack. Para mim, tem q ser depois das 18h e não pode ser de terça, quinta e sabado.
Ae Hebert, não da pra dar nem uma palinha da sua ideia, pra gente ja ia matutando por aqui?

Eu acho que os implantes, como não são baratos, não seriam tão populares assim. Assim como qualquer quinquilharia arcana. Associado ao fato que existe um número limitado de magos no mundo, isso dispensa as fábricas e tal. Além do fato que o conceito de industria, operários e tal é moderno demais. As cidades ainda pareceriam mais com cidades medievais (de fantasia, é lógico), a poluição arcana não tão evidente e destrutiva, acho que áreas selvagens ainda devem ser abundantes. Algumas cidades poderiam ter áreas extremamente pobres e isoladas, onde os efeitos da poluição arcana gerou deformações (algumas delas úteis). Itens mágicos ainda são fabricados artesanalmente, negociados em pequenas lojas que te vendem uma mão de reposição que acabou de sair de um assassinato. Guildas arcanas ainda governam através de um senado corrupto e fazem as leis para si próprias. E apesar do nome guildas arcanas, existem não magos que fazem parte delas (não todas, algumas podem ser supremacistas), lidando com dinheiro e política. Sacerdotes malucos gritam nas ruas sobre o mal da magia, pregando o ódio contra os magos, gangues aterrorizando cidades onde toda a segurança está a serviço das guildas, ou oferecendo uma segurança brutal contra outras, transformando as vielas em rios de sangue.
Aliás, apesar de gostar muito do mapa do Marcão, acho que o nosso cenário precisaria ser menor, como um reino, para dar destaque ao urbano. Não que o mundo conhecido precise ser pequeno, mas podemos dizer que existem outros povos e reinos, mas o de fora simplesmente não interessa, é um conceito usado em Ptolus e acho que funciona bem.
Acho que não é bom se alguma raça tiver alguma relação de amor ou ódio da magia. Elfos arcanos num mundo onde o surgimento de um mago não pode ser controlado não faz sentido, e anões que odeiam magia vão ficar chatos, pois não vão usar coisas legais como implantes e tal. Isso pode estar no passado deles, como um extinto império anão que caçava magos (e alguns anões querem ver voltar), e uma raça élfica original, chamada por muitos de lenda, que tinha uma civilização que dominou a magia, mas agora restam apenas seus descendentes "comuns", ruínas vazias e segredos trancados pelas guidas.
Acho que os selvagens podem ter sua própria tradição mágica sem perder o estilo do cenário, eles prendem espíritos em tatuagens e substituem um braço por uma feito de madeira farpada, viva, e defendem suas fontes de magia, nas profundezas de uma floresta tropical chamada por muitos de um inferno verde.
Aliás, acho que o mundo espiritual adiciona uma camada interessante ao cenário. Acessível através de magia, lar de espíritos diversos, alvo de especulações religiosas. E foco de uma raça nova a ser criada.
Ah, também acho que todas as raças poderiam viver a mesma quantidade de tempo. Nunca entendi porque elfos levam 100 anos pra aprender o que humanos levam 15, eles não são retardados. Eles poderiam no mínimo chegar a idade adulta ao mesmo tempo. Quanto as raças, inclusive, voto por chutarmos os gnomos e meio-elfos (na minha idéias, os elfos atuais já são, de certa forma, meio-elfos). Elfos viriam em duas variações, urbano e rural. Entra um raça nova, com conexões espirituais, e mais híbridos.

Bom galera, aqui vai uma ideia que tive.


" Mundo estava em ordem (que esta para ser definida ainda), com suas raças (também a serem definidas). Um dia erupções começam a ocorrer em torno de todo o globo, destas erupções saiam energias magicas que se espalhavam por toda a região ao seu redor. Algumas regiões sofreram alguns desastres enquanto outras melhoraram, até mesmo se regeneraram.
O mundo viu que essas erupções continuaram de modo mais brando por um bom período de tempo, o que fez com que grandes magos e clérigos utilizassem essas áreas como centros especiais para realização de rituais, e ate mesmo criando oficinas para a criação de itens mágicos, com o tempo o ambiente em que essas construções foram feitas começou a mudar, alterando suas formas e até mesmo seus usuários, algumas pessoas começaram a adquirir doenças estranhas, pessoas começaram a explodir no meio da rua, sangue transformado em ácido, membros extras crescendo descontroladamente. Primeiramente essa energia era inerte e só trazia benefícios, mas com o passar dos anos era como se uma "mácula" mágica estivesse se espalhando pelas regiões mais próximas das erupções. Essas doenças se espalharam rapidamente pelo globo e as autoridades mundiais se reuniram sob um único Conselho, que determinou que todos esses centros, oficinas e qualquer outra coisa que utiliza-se dessa energia provinda das erupções deveria ser destruída, e assim foi feito.
Tudo começou a melhorar, demorou alguns anos para as coisas se estabilizarem, mas tudo estava caminhando para uma grande melhora, até que novos eventos começaram a acontecer e o Conselho criou unidades de investigações, que encontraram os responsáveis por tudo, pequenos grupos ainda utilizavam-se da magia extraída das erupções e isso fez com que o mundo não se estabiliza-se por completo. Então o conselho deliberou que eles deveriam ser exilados, e o exílio seria na região mais inóspita do planeta, um deserto glacial que ficava atras de uma grande cordilheira que o isolava do resto do continente.
Os exilados foram para o deserto sem a esperança de sobrevivência, mas quando lá chegaram se viram no centro da maior região de erupção magica que eles já haviam vistos e começaram a trabalhar para garantir a sobrevivência, grupos de druidas começaram a canalizar a energia magica para a criação de grandes campos e pastos para que pudessem plantar e criar seus animais. Grandes elfos se viram longe de suas florestas e começaram uma criação nova, criaram grandes centros urbanos para se protegerem do frio e para que pudessem continuar com suas atividades arcanas, outras raças também se aproveitaram disso, os orcs que viviam nas encostas da florestas começaram executar serviços para os humanos com o intuito de se abrigarem dos maiores predadores, gnomos vieram atras de uma oportunidade (engenheiros Mágicos) criando construtos para auxiliarem as outras raças. E com o tempo todo aquele deserto foi transformado para o bem dos que ali viviam, mas somente os grandes magos conseguiriam manter esse lugar por muito tempo, e essa sensação de estar na mãos de poderosos foi aumentando de acordo com os anos que se passaram (estava pensando em pelo menos 1000 anos), a população cresceu e com ela o consumo da magia também. Com isso a "mácula" proveniente da magia começou a assolar os exilados e os não exilados também, gerando alguns conflitos. Os Anões das cordilheiras se dividiram também, aqueles que se vendem para o dinheiro dos exilados e aqueles que veem que a poluição magica pode levar suas montanhas as ruínas também. Os anões mercenários tomaram boa parte da cordilheira graças a ajuda dos gnomos imbuiam seus machados com poderosos encantos. Os anões mais tradicionalistas ficaram no extremo oeste da cordilheira e alguns outros buscaram novos lugares para morar. "

Eu sei que eu já to parecendo o cara chato que contesta tudo, mas acho que essa história gera uma série de problemas.
Primeiro, criar uma história nesse ponto do processo limita a criatividade. Devemos criar o cenário como ele é, desde a mecânica, passando pela sociedade, até geografia, política, etc. Sem restrições que qualquer tipo de background causa. O cenário tem quer ser funcional acima de tudo. Nenhuma ideia é inválida, mas acho melhor evitar esse tipo de discussão no momento. Se não teremos que nos preocupar de, além de criar os elementos e encaixa-los coerentemente, mudar o background pra encaixar. Mas vamos a minha análise:

Os magos serem obviamente culpados pela desgraça do mundo conflita com o fato deles estarem nos poder. O povo tem que ter uma certa confiança na magia, mesmo se as guildas são corruptas e talvez até mesmo sejam culpadas. Não invalido, mas é melhor que isso seja segredo. Também acho melhor se o mundo sempre tivesse sido assim, com essas fontes de magia (que precisam de um nome), da mais margem pras religiões e teorias arcanas se desenvolverem ao redor disso, e da uma cara mais única pro cenário. Essa de "antes era um cenário normal" não é legal na minha opinião.
E uma nação de exilados? Pra mim ta muito parecido com a formação do Reinado, em Tormenta.
Quanto aos gnomos engenheiros? Sejamos sinceros, alguém pretende jogar de gnomo? Ou fazer uma mesa em que eles sejam importantes? Corrijam-me se eu estiver errado, mas ninguém aqui gosta de jogar com esse tipo de personagem. Acho que podemos tirar a raça sem perder nada. Os golems de batalha podem ser criação de uma das Guildas, talvez controlada por anões (mas evitemos guildas raciais, fica Eberron demais).
A ideia de algum tipo de antigo conflito ao redor dos méritos da magia não é só boa, é fundamental. Pelos seus efeitos nos dias modernos, mas acho melhor deixar a natureza desse conflito em aberto e focar nos efeitos dele, como extremistas religiosos atacando magos e tal.

Vc tem razão Hebert, vc é o cara que contesta tudo mesmo hauhauhauahuahauh.
Vamos fazer assim, não é melhor vc postar as coisas e eu e o Marcão opinarmos? Só pra variar um pouco?

ImortalTerra escreveu:Vc tem razão Hebert, vc é o cara que contesta tudo mesmo hauhauhauahuahauh.
Vamos fazer assim, não é melhor vc postar as coisas e eu e o Marcão opinarmos? Só pra variar um pouco?

Eu tava planejando fazer isso mesmo, se não cortarem a internet daqui do laboratório na facul eu posto daqui a pouco.

E é saudável que se conteste tudo cara, se eu postar alguma coisa e vocês acharem que não serve, eu quero que falem. Vamos criar o cenário por consenso, e não pela vontade da maioria.

EDIT: PUTA MERDA! Escrevi um livro aqui e essa PORRA deslogou sozinha e apagou TUDO. Quando der na telha posto de novo...